Nos metros iniciais o caminho, bem percetível, corre entre muros, cruzando o talvegue de uma pequena linha de água, junto à qual se dispõem diversas parcelas agrícolas em socalco. Seguidamente, a Geira prossegue com poucas oscilações de cota, mantendo o traçado entre os 450 e 460 m de altitude, acompanhando, a este nível, a sinuosidade dos relevos montanhosos da encosta sul do lugar do Barral.
Desta forma, a via vai atravessando, por diversas vezes, pequenas linhas de água que na altura de maior pluviosidade transformam a via em leito de cheia, afetando, sobremaneira, a superfície de circulação. A cerca de 1400 metros do início da milha, a via encontra-se parcialmente obstruída por uma derrocada de pedra. São visíveis vários locais com superfície pavimentada com lajes, embora não seja clara a cronologia do empedramento.
A milha desenvolve-se ao longo de aproximadamente 1812 m, um valor claramente superior ao consensualmente estimado para uma milha viária nos estudos dedicados ao tema.
O início da milha encontra-se assinalado por dois miliários: um, anepígrafe, atualmente posto sobre o lado direito da via, o outro, sobre o lado esquerdo, dedicado ao Imperador Caro, datável de 283 d.C. Junto do miliário anepígrafe encontra-se uma cruz, entalhada de forma fruste, sobre um pequeno afloramento. Alguns autores mencionam a existência de pedreiras para extração de miliários no local.










