O Cruzeiro de Sá, um miliário dedicado a Décio (250 d.C.) colocado em posição invertida e encimado por uma cruz de granito, marca o início da milha.
O traçado classificado é sobreposto pela EN 307 até à entrada da aldeia, junto ao Café Eiras, vai depois pelos campos a Norte da Capela de Santa Eufémia, localmente conhecidos como Campos da Lameira, seguindo por Leiras do Boi e por Leiras Longas, lugar onde cruza a EN 307.
Depois do cruzamento, a via desce ligeiramente ao longo de 370 m, mantendo-se sobre a margem direita de uma pequena linha de água, tributária do ribeiro de Freitas, onde se encontra a marcação da milha seguinte.
Dentro da aldeia de Cubide, na rua da Carreira, é possível observar um outro miliário, dedicado também a Décio (250 d.C.), a sustentar o telheiro de uma casa particular.
Na bibliografia especializada, diferentes autores propõe traçados alternativos para esta milha, seja atravessando a zona central da veiga ora seguindo pelo lado norte. Pese embora as várias opções, não foram identificados ainda vestígios conclusivos do local da sua passagem em nenhuma das intervenções arqueológicas realizadas, sendo percetível que a modelação orgânica da paisagem agrária da veiga de Cubide terá contribuído para que, nesta povoação, se perdesse a referência do local de passagem da Geira.
Ao longo do traçado desta milha, a sudeste, a paisagem é dominada pela imponente elevação granítica do Monte da Calcedónia, sítio arqueológico classificado como Imóvel de Interesse Público (Decreto nº 516/71, DG 1ª Série nº 274 de 22 novembro 1971).
Trata-se de um povoado antigo que apresenta um conjunto de ruínas de fortificações e construções associadas, pelos vestígios de cerâmica que se encontram à superfície do local, a uma ocupação entre a Idade do Ferro e a Alta Idade Média.
Nas encostas Norte e Oeste do monte são visíveis ruínas de panos de muralha, em aparelho de alvenaria seca alternando com aparelho ciclópico, desenhando um recinto defensivo encaixado entre a penedia. Dentro e nas imediações próximas do recinto muralhado são visíveis vestígios de edifícios retangulares. As sondagens realizadas em 1946 por Mendes Correia e Carlos Teixeira, permitiram a identificação de vários destes edifícios.
O monte da Calcedónia está associado, pela tradição local, à lenda do martírio da Santa Eufémia de Covide e existe a tradição oral de que existiria na muralha Norte uma porta de onde partiria uma calçada em direção a Covide
Dadas como oriundas deste local estão um conjunto de sete peças epigrafadas notáveis e uma cruz de metal com incrustações de tipo asturiano, todos com elementos que remetem para um contexto paleocristão. As cinco peças que estavam ao cuidado de Amaro Carvalho da Silva foram gentilmente cedidas para investigação e encontram-se depositadas no Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa, em Braga. As restantes encontram-se com particulares, na aldeia de Covide, tal como uma pequena estatueta de um corso, em bronze (?), dada como proveniente do mesmo local.


















